27 de março de 2013

Valec e ANTT ouvem anseios da região que vai receber novo trecho de ferrovia

A sociedade ganhou voz ontem para discutir o trecho da extensão da Ferrovia Norte-Sul que vai ligar Açailândia (MA) ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA). O evento aconteceu na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e contou com a presença de autoridades, políticos, empresários e de representantes da sociedade civil. Da Valec, compareceram o Diretor-Presidente, Josias Sampaio Cavalcante Júnior e o Diretor de Operações, Bento José de Lima, acompanhado de sua equipe técnica. Todos ficaram atentos aos comentários, sugestões e questionamentos apresentados, pois, para a empresa, ouvir o que os maiores interessados naquele trecho da ferrovia têm a dizer pode significar sucesso de vendas da capacidade de carga no futuro.

Josias Sampaio esclareceu que o objetivo da Valec não é obter lucro com as negociações, mas, como empresa pública federal, garantir o desenvolvimento do país por meio das ferrovias. “Quando as obras desse trecho forem entregues prontas, a Valec vai comprar toda capacidade de transporte de carga. Depois, vai vender essa capacidade para quem oferecer a menor tarifa ao usuário. Mas, para que o empreendimento gere interesse de compra futura, é imprescindível ouvirmos da sociedade como a ferrovia pode suprir suas necessidades de transporte da melhor maneira”, disse o Diretor-Presidente da Valec.

E o momento de saber o que os maiores interessados pensam é agora: antes de concluído e lançado o edital para a construção da ferrovia. Segundo explicou o Diretor de Operações, Bento José de Lima, neste momento ainda é possível adequar o projeto para atender à demanda local. “Está nos sendo dada a oportunidade de saber como o outro lado está enxergando esse empreendimento. Essas contribuições serão essenciais para que, internamente, sejam estudadas alterações no projeto”, disse.

Esse foi o segundo encontro realizado com esse objetivo. O primeiro aconteceu em 14 de março, em Belém (PA). Mas as pessoas ainda têm a possibilidade de se manifestar até o dia 1º de abril através do site da ANTT.
O projeto inicial prevê a construção de 477 quilômetros de ferrovia, tendo início em Açailândia (MA), passando por Itinga (MA), Dom Eliseu (PA), Ulianópolis (PA), Paragominas (PA), Ipixuna do Pará (PA), Tomé-Açu (PA), Acará (PA), Moju (PA) e Abaetetuba (PA), até chegar ao Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (PA). No entanto, segundo informações do Diretor da ANTT, Carlos Nascimento, o traçado final será proposto pela empresa vencedora da licitação para a construção da ferrovia. Mas se dependesse somente dos presentes à audiência de ontem, muita coisa iria mudar.

Representantes de empresas como o Grupo Votorantim e Hydro sugeriram alterações no traçado original para que a ferrovia compreenda trechos da região do Pará onde essas empresas atuam, uma vez que têm grande demanda por transporte de carga. O prefeito de Moju (PA), Deodoro Pantoja da Rocha, se manifestou para pedir que a ferrovia se aproxime da sede do município, para atender de forma mais adequada à população local.

O senador pelo Pará, Flexa Ribeiro, cobrou a instalação de estações em diversos pontos do traçado, a fim de proporcionar o transporte de passageiros. Sugeriu, ainda, que, junto com a construção da ferrovia, fosse instalado cabeamento de fibra óptica para levar à população da região abrangida, internet de qualidade. Carlos Nascimento garantiu que todas as manifestações foram registradas e terão sua viabilidade analisada posteriormente pela ANTT e pela Valec.

Crédito das imagens: Bruno Leonardo R. Oliveira

Texto: Assessoria de Comunicação

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Assessoria de Comunicação Social