Dormente, brita, aduela são exemplos de materiais que estão sendo produzidos nos canteiros de obras da Fiol 2
A construção da Fiol 2, trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste que vai de Caetité a Barreiras, na Bahia, segue em ritmo acelerado, com aproximadamente 2000 trabalhadores diretos e indiretos. Parte do desempenho positivo das obras da Fiol se deve à produção em larga escala de insumos e materiais utilizados em grande volume na infra e na superestrutura da linha férrea, produção essa feita nos canteiros de obra da própria ferrovia.
No processo de composição do orçamento de uma obra de grande vulto, como é o caso da Fiol, optou-se pela fabricação própria de dormentes, aduelas e por internalizar o processo de fabricação de brita em pedreiras localizadas ao longo da ferrovia. Isso reduziu o custo total da obra e trouxe maior agilidade à construção.
Para se ter uma ideia do volume necessário de dormentes de concreto, sobre os quais são assentados os trilhos, o espaçamento entre os dormentes é de 60 cm. Para cada quilômetro de ferrovia, são necessários, portanto, algo em torno de 1666 dormentes. Somente no lote 7 da Fiol 2, por exemplo, que tem extensão de 148 km, serão utilizados mais de 240 mil dormentes de concreto, que estão sendo fabricados no canteiro próximo a São Desidério, no interior baiano.
Sobre os dormentes
Dormentes são as peças retangulares colocadas transversalmente à via férrea e sobre as quais ou trilhos assentam e são fixados. Na Fiol, assim como na Ferrovia Norte-Sul, que foi construída pela Valec e subconcessionada à iniciativa privada, estão sendo utilizados dormentes de concreto. Trata-se de uma alternativa aos dormentes de madeira, que vêm sendo substituídos por questões de sustentabilidade ambiental e por serem de fácil deterioração. Os dormentes também podem ser produzidos de outros materiais, como aço e polímeros.
Fonte: Brasil Ferroviário