Em três anos foram plantadas aproximadamente 140 espécies diferentes de mudas nativas do cerrado
O projeto realizado na Ferrovia Norte-Sul (FNS) prevê o plantio de 1466,70 hectares em cinco anos, o que totaliza 4.354.983 mudas. Após três anos de dedicação, a Valec transfere para a empresa, Rumo Logística, com muitos repasses positivos, a continuação da atividade ambiental.
Essa iniciativa viabiliza a criação de estratégias para compensação de impactos ecológicos, a manutenção da biodiversidade, recursos hídricos, menor incidência de queimadas, redução de erosões no solo e redução de invasões. O processo é composto por várias etapas complexas, necessitando de um acompanhamento e análise minuciosa desde as seleções das áreas até o plantio.
Durante a gestão da estatal foi possível a plantação de 816,17 hectares de mudas nativas, sendo que destes, 7,75 hectares foram realizados dentro das Áreas de Preservação Permanente (APP) e 808,42 hectares fora somando aproximadamente 140 espécies diferentes de mudas nativas do cerrado. Além disso, foram realizados replantios, para repor as mudas danificadas em decorrência de geadas e invasões de gado.
O monitoramento da cobertura vegetal mostrou um aumento de 20% após o segundo ano e de 30% após o terceiro ano, em relação ao estado original. Foram instaladas, também, 36 parcelas permanentes, que possibilitam a coleta de informações referentes ao desenvolvimento dos plantios, como altura das plantas e cobertura do solo. “O projeto é inovador e possibilita a criação de um grande corredor verde no coração do Brasil”, afirmou, Alex Rampazzo, superintendente de Gestão Ambiental e Territorial da Valec.
Metodologia
A escolha das áreas é realizada considerando a conectividade de remanescentes florestais, as áreas de preservação permanente e os pontos prioritários determinados pelo IBAMA em vistorias técnicas.
Para cada ponto plantado, é desenvolvido um projeto executivo específico onde é realizada a prospecção através do sobrevoo com Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e caminhamento, visando a classificação dos locais indicados para a restauração, com base nas suas condições locais. Essas imagens possuem alta resolução espacial (5 cm), possibilitando realizar o planejamento com mais precisão e objetividade, sem ter a necessidade de ir várias vezes ao campo.
Após selecionada a área, são realizadas análises de solo e levantamento florístico dos remanescentes próximos, visando recuperar as características naturais locais. Com essas informações são definidos o tamanho da região para o plantio, o espaçamento das mudas e as espécies selecionadas para o local.
O território é monitorado mensalmente, onde são verificados indicadores para quantificar o desenvolvimento das mudas. Os viveiros instalados produzem as mudas necessárias para atender as áreas que serão reflorestadas, utilizando sementes provenientes de árvores matrizes identificadas em áreas ao longo de toda a ferrovia para garantir a perpetuação do material genético das espécies locais.
A estatal implementou um sistema de monitoramento do plantio através da plataforma “VALEC AMBIENTAL”. Além disso, foi desenvolvido o WebMap, que apresenta as áreas e os viveiros em um mapa interativo. O objetivo é atualizar periodicamente e acompanhar do plantio de forma rápida, com as principais estatísticas para a avaliação da execução do projeto.
